Se beberes, vai de Bolt
23/12/2024
Se beberes, vai de Bolt
23/12/2024
A Bolt lançou uma campanha focada na quadra natalícia e festas de fim de ano com o objetivo de prevenir a condução sob o efeito do álcool. A iniciativa visa […]
30/09/2022
Na semana passada, festejámos a Semana Europeia da Mobilidade, mas a pergunta permanece: como é que podemos melhorar a vida nas nossas cidades?
Na Bolt, sabemos que a mobilidade partilhada pode melhorar e tornar as nossas cidades mais habitáveis. Mas como podemos melhorá-las ao certo? Para perceber o verdadeiro impacto que poderíamos ter nas nossas cidades a curto e longo prazo, conduzimos o nosso primeiro estudo City Vision. A cidade escolhida foi Berlim.
Depois de entrevistar os habitantes de Berlim e rever mais de 800 estudos de mobilidade urbana, os dados públicos disponíveis e os nossos dados operacionais, chegámos a conclusões promissoras — com menos automóveis particulares nas estradas, a vida nas cidades pode melhorar em todos os aspetos.
O estudo City Vision mostrou que, ao impulsionar os transportes públicos, os TVDEs, as trotinetes e bicicletas partilhadas, o número de automóveis particulares pode ser reduzido em 7% no espaço de 1 a 3 anos.
Numa cidade com mais de 1,2 milhões de carros, pode não parecer muito… até olharmos para o outro lado da moeda. Uma redução de 7% dos automóveis particulares na capital alemã criaria 8,2 km2 de espaço público acessível — uma área equivalente a 3,5 Parques Tiergarten.
Uma porção do espaço atualmente utilizado por estacionamentos e estradas mais largas poderia ser repensado e transformado em ciclovias e espaços verdes, à imagem dos parklets que estão a ganhar popularidade em várias cidades europeias.
Tendo em conta que os carros são uma das principais causas de poluição atmosférica nas cidades, uma redução no número de automóveis iria melhorar de forma significativa o Índice de Qualidade do Ar (IQAr). Com menos 7% dos carros, Berlim reduziria as emissões mensais de CO2 em 4,4 quilotoneladas, o equivalente a cerca de 1.200 horas de voo num Boeing 737.
Talvez o dado mais interessante: haveria menos 514 acidentes por mês, o que resulta em mais de 6.000 acidentes evitados por ano.
Já vimos os efeitos a curto prazo, mas como é que seria Berlim daqui a 5 anos se continuássemos a investir nos serviços multimodais para ajudar as pessoas a encontrar formas melhores de se deslocarem?
Os dados mostram que os habitantes de Berlim iriam precisar de menos 396.000 carros (-32%) para poderem circular pela cidade sem limitações. 25% das viagens efetuadas em automóveis particulares teriam de ser substituídas por outros meios de transporte.
O nosso estudo demonstra que podemos ajudar a cidade a reduzir os automóveis particulares em 7% no espaço de 1 a 3 anos e em 32% num prazo de cinco anos, mas como é que as pessoas se deslocariam nessas circunstâncias? Através de uma transferência modal de modos de deslocação pouco ecológicos para outros mais sustentáveis e eficientes.
Transportes públicos, TVDEs, bicicletas e trotinetes partilhadas são só alguns exemplos.
A capital do país que criou o slogan das auto tornava-se a capital das pessoas.
O efeito combinado também se faria notar numa redução da pegada de CO2. Com uma redução de 32% do número de carros na cidade, as emissões mensais de CO2 seriam reduzidas em 13,4 quilotoneladas, um número equivalente ao consumo anual de energia de 9 mil habitações.
Esta quebra expressiva melhoraria significativamente a qualidade do ar na cidade e Berlim poderia juntar-se a Barcelona e Paris no combate à poluição atmosférica com zonas de baixas emissões e superquarteirões sem carros.
Olhando para outras cidades europeias, percebemos rapidamente que esta transferência não tem de tomar proporções consideráveis para transformar completamente a cidade. Por exemplo, a diferença de automóveis particulares entre Londres e Amesterdão é de apenas 15%. Podes tentar adivinhar qual é a cidade mais congestionada do mundo e qual é a cidade onde é mais fácil andar a pé.
Para perceber que meios de transporte resolvem os problemas em Berlim de forma mais eficiente, calculámos o impacto de cada um deles. Considerámos vários factores — desde a disponibilidade (por milhão de habitantes) e sustentabilidade (gramas de CO2 por passageiro por km) à acessibilidade (custo por passageiro por km), conveniência (tempo médio de chegada) e muitos outros.
No estudo City Vision, constatámos que os transportes públicos, as trotinetes partilhadas e as viagens nas plataformas digitais têm um impacto mais positivo nas cidades. Isto mostra que o modelo atual centrado nos automóveis tem de mudar e que a mobilidade terá de evoluir para criar cidades para as pessoas.
A inovação serve de pouco se as pessoas não fizerem uso dela. Por isso, é bom que os resultados mostrem que as pessoas que vivem nas grandes cidades europeias estão prontas para começar a deixar os automóveis particulares.
Num estudo levado a cabo pelo Instituto de Economia e Transportes norueguês (Transportøkonomisk Institutt, TØI), incentivámos os clientes da Bolt em dez cidades europeias a usar uma trotinete em vez de TVDEs em viagens inferiores a 3 quilómetros.
Esse estudo demonstrou que os incentivos na app levaram até 60% dos utilizadores a preferir uma viagem de trotinete a uma de TVDE em viagens mais curtas. Resultado: menos carros na estrada e menos emissões de CO2.
O estudo City Vision explorou os hábitos de deslocação das pessoas e a disposição para os alterarem e todos os resultados apontaram na mesma direção — as pessoas estão dispostas a trocar os seus carros por uma vida melhor nas cidades.
Gernot Lobenberg, Responsável pela Agência de Eletromobilidade da eMO em Berlim, afirma: “As tecnologias, infraestruturas e hábitos de mobilidade em Berlim e na Alemanha mudaram consideravelmente. Devemos estas mudanças às nossas experiências e mente aberta.”
Adianta: “Estas descobertas — e potenciais recompensas para o nosso ambiente, meios urbanos, segurança e carteiras — mostram que os esforços devem continuar e ser redobrados. É fascinante e gratificante fazer parte de uma nova mobilidade.”
O City Vision incorpora uma metodologia que analisa os hábitos de deslocação da população em Berlim e utiliza dados públicos para oferecer uma imagem clara do sistema atual de transportes e das tendências na capital.
O estudo pretendia avaliar o impacto e capacidade da app multimodal da Bolt e transportes públicos para substituir os carros particulares na cidade.
O nosso primeiro City Vision teve origem numa análise de mais de 800 estudos sobre transportes e desenvolvimento urbano. Para calcular o impacto da mobilidade partilhada, combinámos várias fontes, desde dados totalmente objetivos e acessíveis ao público em geral — tal como os dados gerais sobre os transportes públicos e o financiamento público urbano em Berlim — aos nossos dados operacionais. De forma a aprofundar a investigação e a melhor compreender as tendências dos utilizadores e a distribuição modal, pedimos ao instituto de investigação GfK que criasse um questionário e incorporámos os resultados no estudo.
A nossa metodologia considerou seis meios de transporte: automóveis particulares, transportes públicos, TVDEs, trotinetes, carsharing e bicicletas partilhadas. Também tem em conta o número de veículos por milhão de cidadãos e o número de viagens diárias por veículo.
Depois, centrou-se no impacto destes meios de transporte, nomeadamente ao nível de:
Esta avaliação permite-nos ter uma visão holística dos meios de transporte e encontrar falhas nas infraestruturas dos transportes públicos que podem ser colmatadas com soluções para a ligação entre os transportes e o destino final dos cidadãos.
O primeiro estudo Bolt City Vision foi efetuado em Berlim, mas iremos levar a cabo estudos análogos noutras cidades.